3 de janeiro de 2012

Let's talk about love and despair...

Eis que anos depois de destruir todos os pilares de minha já frágil estrutura interna, volta o erômeno invertido para bater com as mãos n'água e agitar a superfície de minha aparente estabilidade, que Dinah me ensinou ser a extremidade que esconde profundos desconhecimentos. Pena ser eu um erasta de língua de chumbo, que fala tudo sem dizer nada, e que não oculta o desgosto de si para atribuir-se o papel de velho que corre atrás de jovens, quando é mais jovem que o objeto de seu desejo. Ou bem escondia o rubor, ou bem se continha para não fazer a pergunta que mudaria o eixo de todas as possíveis relações futuras. No fundo, queria arriscar e jogar todas as cartas na mesa, mas se desconhece a maior parte de si, ao menos conhece de cabo a rabo este caractere que o impede de falar quando precisa, e o põe a tagarelar quando carece de ouvintes.

2 comentários:

  1. Fica mesmo a sensação do não dito, com vontade de ler mais.

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    1. Esse é o ponto. Se fosse mais óbvio, perderia o ar de mistério, rs...

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