28 de julho de 2011

Mil odisséias

Não parece que ainda ontem as respostas costumavam habitar a ponta da língua? Não se vê os invernos passarem, até que passem e sigam direto a um tempo em que não é mais possível contar os anos com os dedos das mãos. Agora se requer 1000 odisséias para satisfazer a mínima curiosidade. Séculos de trabalho árduo resultam em algumas dezenas de páginas que, via de regra, o mundo despreza, em troca de sábados ensolarados e domingos de falsas catarses. E ao longo da tortuosa passagem por mensuráveis quedas de areia, caminha-se e comenta-se que se é feliz, e se acredita nisso, mesmo quando se prega niilismo (inconscientemente, ressalte-se). Não se percebe o volume de neve aumentando progressivamente. Hoje, poeira no casaco, amanhã, lamentos nevrálgicos. Ponto! Não satisfizemos nossa sede de saber o suficiente.

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